5 maneiras de espantar morcegos do telhado
Como se livrar dos morcegos que invadiram seu telhado
Se tem uma infestação que é extremamente desagradável aos olhos de qualquer pessoa, essa é a infestação por morcegos, que geralmente invadem o forro do telhado da casa para se esconder. A boa notícia: morcegos não são agressivos. A má notícia: morcegos podem transmitir doenças e causar danos ao imóvel.
Para esclarecer algumas dúvidas sobre os morcegos, vamos tratar de alguns pontos importantes aqui nessa publicação, então se você está passando pelo problema com infestação desses animais no seu imóvel, siga conosco nessa leitura.
Porque é tão importante preocupar-se com uma infestação de morcegos?
Segundo o Guia de Manejo de Morcegos do CEVS/RS (Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS) principal motivo de preocupação em caso de infestação por morcegos é uma doença que eles podem transmitir: a raiva. A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva, exceto roedores sinantrópicos e coelhos. A transmissão se dá pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal agressor infectado, geralmente pela mordedura, mais raramente pela arranhadura e lambedura de mucosas (BRASIL, 2009).
Segundo a Organização Mundial da Saúde, anualmente, cerca de 55.000 pessoas morrem da doença no mundo (WHO, 2010). A raiva tem ampla distribuição mundial, não ocorrendo na atualidade apenas em algumas regiões como a Nova Zelândia, Nova Guiné, Japão, Hawai, Taiwan, Oceania, Finlândia, Islândia, a parte continental da Noruega, Suécia, Grécia e algumas ilhas das Antilhas e do Atlântico (BRASIL,2008). A letalidade da doença é de aproximadamente 100% e os custos para sua prevenção em animais de estimação, de criação e no homem são altos e requerem vigilância permanente dos órgãos de saúde.
Agentes transmissores da raiva
O principal agente transmissor da doença foi, até as décadas de 80 e 90, o cão (Canis familiaris), contudo esta situação mudou depois das intensas campanhas de vacinação. Em 2004, segundo o Ministério da Saúde (2011), o morcego passou a ter maior importância no ciclo de transmissão da raiva, devido ao sensível aumento do número de casos humanos gerados por acidentes no país. Essa mudança no perfil epidemiológico da doença poderia ser explicada por vários fatores, como a expansão das áreas urbanas, o desmatamento, a falta de planejamento da arborização urbana entre outros fatores ambientais.
Os morcegos são animais silvestres que se adaptaram as áreas urbanas, utilizando recursos de forma transitória ou permanente, o que pode ser explicado devido às condições encontradas nos ambientes urbanos, como a oferta de abrigos e alimentos (insetos e frutos). São considerados pela legislação ambiental brasileira como animais sinantrópicos (Instrução Normativa IBAMA nº 141/2006). Bandeira (2016) aponta que os morcegos são os hospedeiros mais relacionados à dispersão do vírus da raiva.
Tipos de morcegos e seus hábitos alimentares
Os morcegos apresentam grande diversificação de hábitos alimentares, o que lhes confere importante papel ecológico.
Há espécies exclusivamente insetívoras, como os representantes das famílias Vespertilionidae e Molossidae que são importantes controladores das populações de insetos.
Na família Phyllostomidae as espécies apresentam grande diversidade em suas dietas. Há espécies frugívoras (que se alimentam de frutos) e nectarívoras (que se alimentam de néctar, pólen e partes das flores), que atuam na dispersão de sementes e na polinização de muitas espécies vegetais, sendo responsáveis pela regeneração de áreas florestadas (BREDT et al., 1996).
As três espécies exclusivamente hematófagas (que se alimentam de sangue) ocorrem somente na Região Neotropical, todas ocorrendo no Brasil. No Rio Grande do Sul, até o momento, só foi encontrada uma delas, Desmodus rotundus. Nos ecossistemas naturais, os morcegos hematófagos auxiliam no controle das populações de vertebrados, através das sangrias e da transmissão de doenças como a raiva (BREDT et al., 1996).
Há também espécies carnívoras que caçam pequenos vertebrados (roedores, aves, anfíbios, répteis), inclusive outros morcegos, como por exemplo, o morcego bombachudo Chrotopterus auritus. Outra espécie interessante é o morcego pescador Noctilio leporinus (família Noctilionidae) cuja dieta se baseia em peixes e insetos.
Infestação de morcegos
Os abrigos diurnos utilizados por morcegos apresentam características que lhes propiciam proteção, área de repouso e ambiente favorável a criação dos filhotes e, também, locais que permitem suas interações sociais. Essas áreas se caracterizam por apresentar pouca iluminação e certo grau de estabilidade de temperatura e umidade relativa. São os chamados abrigos internos, ocupados pela maioria dos morcegos. Nessa categoria estão as cavernas, ocos de árvores, fendas em rochas e inclusive telhados de prédios e casas, e outros locais associados a habitações humanas.
Alguns refúgios vão desde vãos entre ar-condicionado, vãos entre prédios, pontes, bueiros, porões, telhados, entre outros. Nos telhados refugiam-se em pontos estratégicos, normalmente junto entre telhas e madeiras próximos a cumeeira.
Se os morcegos estão atraídos pela sua casa, é provável que ela apresente uma fonte de alimento (indicando que você pode precisar de controle de pragas) ou um local ideal para aninhar se o morcego está procurando um lugar para expandir sua ninhada.
5 maneiras de espantar morcegos do telhado
No Rio Grande do Sul, os morcegos se reproduzem na primavera e no verão, então os períodos mais recomendados para espantá-los são o outono e o inverno, onde não há presença de filhotes nos ninhos. Antes de iniciar sua batalha contra os morcegos que invadiram seu telhado, tente identificar o ponto ou os pontos de entrada dos morcegos para saber onde agir. O primeiro passo para espantar esses animais é fechar esses pontos de entrada e saída.
1. Podas de galhos, flores e frutos (para morcegos frugívoros)
Os morcegos frugívoros alimentam-se dos frutos das árvores que provavelmente estão perto da sua casa. Esses frutos são a sua fonte de alimento, então a poda de galhos, flores e frutos será uma forma de não atrair estes animais para o entorno da sua casa.
2. Substituição de plantas frutíferas palatáveis aos morcegos por outras que não sejam atraentes a estes animais (para morcegos frugívoros)
Outra maneira de evitar que morcegos se atraiam para o entorno da sua casa é substituir as plantas frutíferas por outras plantas que não forneçam uma fonte de alimento aos morcegos.
3. Sistema escape-morcego (eficaz contra os morcegos insetívoros)
O sistema escape-morcego é uma ferramenta muito útil que pode lhe ajudar a acabar com a infestação. Esse sistema consiste em uma tubulação fina que permitirá aos morcegos saírem do seu telhado mas não conseguirem retornar. O sistema é simples:
- Vede bem as entradas do telhado.
- Pegue 50cm de cano de esgoto (recomendado 100mm)
- Faça um tudo com um pedaço de plástico mole (tipo um pedaço de lona transparente.
- Emende esse tudo de plástico mole no cano de pvc.
- Instale esse escape-morcego na abertura disponível com a parte mole para fora. Os morcegos conseguirão sair mas não conseguirão mais entrar no telhado.
4. Aromas repelentes
Os morcegos também podem ser repelidos (com menor eficácia) através de alguns aromas que eles não gostam. São eles:
- naftalina
- fenol branco
- canela
- eucalipto
5. Repelentes físicos e visuais
Alguns repelentes físicos e visuais podem ser eficazes para assustar os morcegos e espantá-los do seu telhado. São eles:
- Instale uma ou mais luzes no forro
- Espelhos (os morcegos podem se espantar com reflexos de luz que os espelhos podem refletir no forro do telhado)
- Balão de gás hélio solto no forro (com o vento, o balão se movimenta no forro e assusta os morcegos)
- Sinos e outros itens pendurados que façam barulho e movam-se com o vento
- Papel alumínio (tanto o brilho quanto o barulho gerado pelo contato do papel alumínio com o vento poderão espantar os morcegos)
- CD’ss e DVD’s antigos (pendure um tipo de “mobile” de CD’s ou DVD’s que vão se movimentar e brilhar, espantando os morcegos)
Recomendações importantes
Após a remoção dos morcegos, você deve realizar a limpeza do local onde estes animais estavam se alojando.
IMPORTANTE 1: A limpeza dos restos fecais deverá ser realizada mediante o uso de equipamentos de proteção individual ou EPI´s (luvas de borracha, botas, máscaras N95). Antes de remover a sujeira é importante borrifar uma mistura de água e água sanitária (1:1) sobre todos restos orgânicos, para evitar a formação de poeira e inalação de fungos prejudiciais à sua saúde.
IMPORTANTE 2: Em caso de infestação por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), não tente nada! Este trabalho é realizado SOMENTE por técnicos especializados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado pelo e-mail raiva@saude.rs.gov.br ou pelo telefone (51) 3901.1105. Caso tenha problemas com mordeduras em animais de produção (bovinos, equinos, outros) procure a Inspetoria Veterinária mais próxima (www.agricultura.rs.gov.br).
Considerações finais
No Guia de Manejo de Morcegos do CEVS/RS você pode encontrar muitas informações importantes para identificar e escolher o melhor método de controle destes animais na sua propriedade. Se você precisa de ajuda com a instalação de barreiras físicas para espantar os morcegos da sua casa, entre em contato conosco para verificar as possibilidades para o seu caso.
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